“E se insisto não é por chatice,
ou mesmo por acreditar que haverá paz mundial,
mas sim que pode existir paz entre a gente.
(…) Você é sincero comigo? Eu sou com você. (…)
E não que eu não me importasse com sua chateação,
pois o que lhe desagrada me desagrada também
e sei que isso é uma falha minha,
mas eu digo o que penso pra não pesar dentro,
porque quando as coisas estão fora elas são mais fáceis de lidar.
Se ficarem dentro, acumulam,
acaba sendo esnobadas e assim esquecidas,
mas o inconsciente não esquece,
ele algum dia vem e perturba.
Você pode ter a oportunidade de conhecer minha alma como mais ninguém teve a chance ou o desprazer de conhecer.
De você não tive vergonha de ser fraca,
covarde, de mostrar meus medos,
meus erros, muito menos meu desespero por não te ter mais.
Você sabe sobre o meu desprezo e minha indiferença,
mas conhece o coração mole e dócil que tenho.
E confesso que realmente não sou a mesma pessoa com meus pais ou com os outros, eu só consegui ser eu mesma com você.”
Tati Bernardi